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“Chico Xavier, costumava ter em cima de sua cama uma placa escrita: “Isso Também Vai Passar”. Aí perguntaram para ele o porquê disso, e ele disse que era para se lembrar que quando estivesse passando por momentos ruins, mais cedo ou mais tarde eles iriam embora, que iriam passar, e que ele teria que passar por àquilo por algum motivo. Mas essa placa também era para lembrá-lo que quando estivesse muito feliz, não deixasse tudo pra trás e não se deixasse levar, porque esses momentos também iriam passar, e momentos difíceis viriam de novo. E é exatamente disso que a vida é feita: De momentos! Momentos os quas temos que passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo. Nunca esquecendo do mais importante: Nada na vida é por acaso ..

segunda-feira, 25 de abril de 2011

ENCONTRO DE ZECA CAMARGO COM LADY GAGA!

A mulher que se apaixonou por ‘Judas’

qui, 21/04/11
por Zeca Camargo |
categoria Todas

Lady Gaga estava atrasada. Duas horas. Sua “entourage” não sabia mais o que fazer comigo. Já tinham me dado café e litros de água. Já tinham me indicado restaurantes legais de Miami, onde a entrevista foi marcada. Conversamos sobre bons shows que já tínhamos visto, sobre Coachella (o grande festival de música alternativa que estava para acontecer, na Califórnia, no fim-de-semana seguinte) e o próximo Rock in Rio. Preocupado com minha dieta – que me obriga a comer alguma coisa a cada três horas –, eu já tinha devorado uma salada de frutas. Já tinha checado a paisagem do décimo quinto andar do hotel onde esperávamos umas dez vezes. E nada de Lady Gaga.
Foi então que, não sem demonstrar uma certa resistência, a assessora direta dela perguntou se eu queria ouvir sua nova música, “Judas”. Isso, claro, foi antes de a canção vazar na internet, na última sexta-feira – e o mistério em torno dessa segunda faixa do novo álbum de Gaga, “Born this way” era grande. Eu estava tão ansioso – não apenas para ouvir a música, mas também para entrevistá-la, que dei um pulo de onde estava sentado, e quase sem pensar agarrei o iTouch que tinha só uma coisa em sua memória multigiga: “Judas”.
Ouvi ávido – e quando a faixa terminou, no lugar de perguntar se eu tinha gostado, a tal assistente disse simplesmente: “Eu sei que você gostou”. Fiquei um pouco perplexo, porque, apesar de todo o entusiasmo, não dei muita indicação de que havia aprovado a música – tipo, não saí dançando com os fones de ouvido… Acho que estava sorrindo de leve, mas um sorriso que poderia ser interpretado quase que como um gesto de educação. Como então ela podia ter certeza de que eu havia gostado tanto? – eu perguntei.
Resposta: “You got goose bumps – you cannot fake it”. Em português: “Você ficou arrepiado – não tem como fingir isso”. Ela tinha razão! Desde os primeiros acordes da música, ou melhor, desde que ela entra com variações sobre o nome “Judas” – num recurso vocal que lembra de longe sua própria “Bad romance” –, eu sabia que estava diante de mais um sucesso monstruoso! Menos de 48 horas depois desse episódio, o mundo inteiro já dançava ao som do refrão “Oh oh oh oh oh I’m in love with Judas”! E o resto é história.
Porém, mesmo depois de toda essa comoção, eu ainda esperei mais um bocado pela entrada (de fato) triunfal de Gaga no quarto da suíte. Quase três horas então depois do que estava marcado, ela chega vestida de prata, com um cabelo preso (de onde brotava um proeminente tufo loiro), maquiagem bastante pesada (como de hábito), especialmente pelos dois traços pretos que riscavam seus olhos, e um perfume que tomou conta do espaçoso ambiente em questão de segundos. Mas isso tudo eu só reparei depois de uns dois minutos olhando para ela – isso porque, de início, no momento em que ela entrou no recinto, a única coisa que sequestrou minha atenção era “aquilo” que ela tinha nos ombros.
“Aquilo” era uma protuberância que saía da ponta de seus braços, como um membro alienígena. Pense nas orelhas do Dr. Spock – do clássico seriado de TV “Jornadas nas estrelas”. Agora imagine aquilo saindo do ombro de uma pessoa. Era meio impressionante… Na (longa) conversa que tive com o pessoal da gravadora enquanto Gaga não chegava, alguém havia comentado que, só de maquiagem, eles tinham pago 12 mil dólares (por extenso, para não haver dúvidas: doze mil dólares!) para ela se preparar para a entrevista. Achei meio exagerado – mas quando vi ela chegando com “aquilo”, tudo fez sentido…
E esse não era o único – como posso chamar? – “aplique corporal” que ela tinha. Nas maçãs do rosto, ela ainda “usava” dois outros “relevos” que eram como pequenas lombadas em suas bochechas. O resultado era sensacional – mas para mim, que estava ali preocupado em fazer uma boa entrevista com ela para o “Fantástico”, o efeito geral foi um pouco perturbador.
Por sorte, depois de me cumprimentar com muita simpatia – dizendo inclusive que se lembrava de mim, da primeira vez em que conversamos (eu sempre desconfio quando um artista que já entrevistei fala isso para mim… será que ele ou ela lembra mesmo ou é apenas uma informação que o agente de imprensa desse artista passou para ela, como uma estratégia para agradar o jornalista que “veio de tão longe”?), enfim depois de me deixar bastante à vontade, ela pediu licença para se recompor (“freshen up”, foi a expressão que ela usou). Não entendi nada, pois achei que ela já estava prontíssima para a entrevista – mas aparentemente, ela ainda precisava de alguns retoques…

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